1) Joana D'Arc - Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453): Um dos diretores mais sensacionais, Luc Besson, decidiu lançar ao mundo sua versão deste conflito histórico do ponto de vista de Joana D'Arc (Mila Jojovich), uma jovem camponesa de apenas 19 anos, Luc Besson retratou a secular batalha entre França e Inglaterra pelo domínio da coroa francesa. Seguindo o que lhe soava como a voz de Deus, a "Donzela de Lorraine" desafiou exércitos nacionais e internacionais ao conquistar a confiança do então Rei da França e liderar exércitos na investida final contra a Inglaterra até ser capturada, morta e transformada no mártir que virou o conflito em favor dos franceses.
2) O Último Samurai - Rebelião Satsuma (29 de janeiro de 1877 até 24 de setembro de 1877): Podem até perguntar: uma rebelião de Samurais conta como uma Guerra? Sim, já que os rebeldes liderados pelo quase invencível Katsumoto (Ken Watanabe genial) não estavam apenas lutando por sua sobrevivência, como batalhavam também para preservar seu modo de vida frente à modernidade representada na figura do imperador Meiji. Com a ajuda do americano Nathan Algren (um dos bons papéis de Tom Cruise), o exército dos Samurais subjugou canhões com suas espadas, chegando até o próprio imperador, mas sem força suficiente para impedir a mudança dos tempos.
3) Dr. Jivago - Guerra Civil Russa (1918 - 1922): Passado durante a sangrenta Guerra Civil Russa, que estabeleceu de vez a transição de uma sociedade agrária para o que se tornaria uma potência industrial sob o nome de União Soviética, o filme é contado sob a ótica de Yuri Zhivago, um médico e poeta, casado com a aristocrata Tonya, mas que secretamente (durante a revolução) apaixona-se por Lara (a belíssima Julie Christie), uma enfermeira que o acompanha durante o conflito. Perdendo sua casa, sua esposa e sua identidade, Zhivago se apega a um amor impossível que atravessa décadas da chamada Revolução Bolchevique, com conseqüências trágicas para todos os lados.
4) O Labirinto do Fauno - Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939): O ano é 1944, e oficialmente, já não estamos mais na Guerra Civil espanhola, um dos mais sangrentos massacres da História. Entretanto, datas oficiais nem sempre encerram todas as batalhas. Mudando-se com sua mãe para a casa do novo padrasto, Ofelia (de apenas 10 anos) isola-se num labirinto fantástico e perigoso enquanto sua mente tenta escapar das opressões fascistas do novo marido da mãe. Lutando contra guerrilheiros, o horrendo Capitão Vidal desconfia que a fantasia de Ofelia possa esconder uma ameaça sem precedentes ao seu domínio de terror. Mesmo com poucas cenas bélicas, o Labirinto do Fauno é um daqueles filmes de guerra que permanecerão para sempre na memória de quem assistiu. Tudo graças a genialidade de Guilhermo del Toro.
5) Círculo de Fogo - Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945): São muitos os filmes sobre a Segunda Guerra. Poderíamos falar d'O Resgate do Soldado Ryan, d'O Pianista, d'A Lista de Schindler ou de qualquer outro roteiro que mostre americanos e alemães, mas este é um dos poucos que efetivamente tenta mostrar como a Guerra foi “vencida”. Contando a história do atirador Vasily Zaitsev, o filme mostra como os russos conquistavam seu espaço de volta nas madrugadas silenciosas de Stalingrado. Escondendo-se entre corpos mortos, Vasily luta para eliminar as forças nazistas tendo seu maior adversário o Major Konig, melhor dos atiradores alemães. O mote da Batalha, liderada pelo futuro comandante Krushev era: a cada quarteirão que os alemães tomavam durante o dia, dois seriam recuperados durante a noite. Assumindo o status de lenda, Vasily tornou-se símbolo da propaganda russa para alimentar a esperança de seu povo, tendo suas vitórias (o número de vítimas) noticiadas até a derradeira reconquista da cidade, forçando os alemães a recuarem e enfrentarem os americanos que chegavam pelo outro lado da Europa.
6) Apocalypse Now - Guerra do Vietnã (1959 - 1975): Quando Francis Ford Coppola colocou a marcha das valquírias para abrir um dos mais marcantes filmes sobre a Guerra do Vietnã, o grande fiasco americano, ele abriu um precedente operático sem tamanho. Somando isso a atuação de Marlon Brando como Coronel Walter E. Kurtz, um oficial americano enlouquecido que se refugiara no Camboja comandando seu próprio exército de fanáticos, Coppola nos presenteou com a obra prima definitiva dos filmes de Guerra. Ah, o horror, o horror...
7) Soldado Anônimo - Guerra do Golfo (1990 - 1991): E por falar em guerra, Sam Mendes foi brilhante em não mostrá-la em seu Soldado Anônimo. Swoff (Jake Gyllenhaal), é um filho de ex-militares que passa por um árduo treinamento para embarcar pelos Estados Unidos em direção ao conflito relâmpago do Golfo Pérsico, um dos grandes responsáveis pelos veteranos traumatizados na América. Entretanto, lutando numa guerra que não entendia, num campo de batalha sem inimigos a vista, Swoff aproxima-se, a cada novo passo no deserto, do inevitável surto mental que o incapacitaria para o resto de sua vida. Bastante chocante por não mostrar grandes cenas de violência, Mendes nos deu uma prévia da verdadeira natureza dos conflitos psicológicos.
8) O Resgate de Harrison - Guerra da Independência da Croácia (1991 - 1995): Os conflitos entre Iugoslávia e Croácia receberam destaque nas notícias dos anos 90, mas sua real natureza jamais foi compreendida. Em O Resgate de Harrison podemos entender um pouco mais sobre como funciona a mecânica de uma cobertura militar. Traumatizado, o fotógrafo de guerra, Harrison Lloyd (David Strathairn), volta para casa e para seu hobby: cultivar flores. Entretanto, muda de idéia sobre a aposentadoria precoce e decide aceitar uma última missão na Iugoslávia. Pouco depois de partir, é declarado morto no front croata sem quaisquer explicações. Motivada a encontrá-lo, sua esposa Sarah (Andie MacDowell) parte com uma das câmeras do marido, posando como fotógrafa e se utilizando dos contatos para vasculhar o país destruído em busca de Harrison. Cara a cara com as atrocidades humanas, Sarah supera todos os seus medos e mergulha de cabeça até encontrar quem procurava.
9) Hotel Ruanda - Guerra Civil de Ruanda (1994): Em 1994 estourou o maior dos conflitos políticos em Ruanda levando à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don Cheadle), que era gerente do hotel Milles Collines, localizado na capital do país. Com pouquíssimo apoio da ONU, Paul foi capaz de usar seus contatos dentro e fora do hotel para escapar ao massacre levando consigo todos aqueles que estavam perdidos no caminho, incluindo aí seus próprios familiares.
10) Paradise Now - Guerra Árabe-Israelense (1948 - ?): A história mostra o caminho de dois amigos de infância, os palestinos Said e Khaled, recrutados por um grupo extremista para promover um violento ataque terrorista em Tel-Aviv, sendo eles próprios as armas letais. Entretanto, as coisas não dão certo como planejado, e ambos são separados na fronteira. Um deles segue o plano e prossegue com o ataque, enquanto o outro começa a ter dúvidas sobre a natureza de sua missão. Uma das histórias mais humanas sobre um dos maiores temores do novo milênio: os homens-bomba. É inevitável não se identificar e se revoltar com um conflito que atravessa décadas sem esperança de ser solucionado.
Fonte: Yahoo
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