Os períodos literários, também chamados de escolas, correntes ou movimentos, representam fases histórico-culturais nas quais alguns valores estéticos e ideológicos revertem-se na criação de obras com certa proximidade no que se refere ao estilo e à visão de mundo dos autores envolvidos. Não são a mesma coisa que estilo de época, pois possuem uma abrangência maior, envolvendo determinadas circunstâncias tais como condições do meio, influências filosóficas e políticas, entre outras.
Para que se possa falar em período literário é necessário que:
•um momento histórico determinado (que pode chegar a algumas décadas), no qual acontece o engajamento de vários autores a normas e a certos princípios comuns;
•um conjunto semelhante de influências culturais, sociais, e ideológicas atuando sobre as consciências; ·
•uma elaboração estética aproximada, tanto nas técnicas de criação literária, quanto no estilo, na temática ou na visão de mundo.
O surgimento, a permanência e a queda de uma escola literária não se dão de modo arbitrário, devendo-se apenas à vontade dos artistas, mas nascem de um processo complexo de influências sofridas pelo autor no que diz respeito ao que chamamo de espírito de cada época.
É importante lembrar que o surgimento de uma nova corrente literária não apaga o prestígio e a força da corrente anterior. Frequentemente há a coexistência de movimentos que se opõem num mesmo período de tempo. Na verdade, as datas que marcam o início e o fim de uma escola não implicam, obrigatoriamente, no predomínio automático desta sobre as anteriores, mas apenas na tentativa de ordenar e simplificar os fenômenos literários.
Fonte: Blog A língua na ponta da língua. Disponível em: http://alinguanapontadalingua.blogspot.com/2010/02/periodos-literarios.html
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